31 janeiro 2006

DIREITO À DIFERENÇA

A inclusão de crianças com necessidades educativas especiais (NEE) em escolas regulares é um tema actual e que a todos diz respeito.
Antes de mais, é conveniente esclarecer o conceito de criança com necessidades educativas especiais. Entenda-se então, como o desfasamento entre o nível de comportamento ou de realização da criança e ao que dela se espera em função da sua idade cronológica.
Agora a pergunta que invade o pensamento de muitos pais portugueses que se debatem diariamente com as limitações dos seus filhos. O que será melhor para as suas crianças- estudar em escolas regulares ou em escolas especiais?
A meu ver, as crianças com NEE devem estudar em instituições de educação especial, capazes de dar resposta às suas necessidades e limitações.
O Governo, segundo o Decreto-Lei número 319/91 de 23 de Agosto, responsabiliza as escolas regulares por todos os alunos, prevendo para esse efeito as respostas educativas a aplicar no interior das escolas. Assim, a abertura da escola regular a alunos com necessidades especiais, deveria ser encarada numa perspectiva de "escola para todos".
Contudo, isso não passa de um slogan sem qualquer aplicação prática. No que respeita à questão da responsabilidade das escolas regulares, esta prende-se com o carácter vago do que se entende por responsabilidade pois, hoje em dia, as opiniões e medidas tomadas pelos professores das escolas regulares não são consensuais, não se verificando a existência e manutenção de um contínuo de serviços, que assegurem a resolução dos problemas que surgem quando se trata de crianças com NEE.
Aos pais assiste-lhes o direito de escolherem a educação que querem dar aos seus filhos e de os protegerem dos sarcasmos e insultos dos seus colegas da escola regular e da comunidade. Não podemos pura e simplesmente colocar as crianças com NEE numa sala regular, e esperar que nelas brote "alguma normalidade" e o Governo, ao estar constantemente a fazer reformas no sentido da implementação de medidas de integração nas escolas, só mostra que os objectivos sociais veiculados por tal conceito nem sempre são atingidos.
Supostamente, com a aprovação deste Decreto-Lei, as crianças com NEE veriam os seus problemas resolvidos, quer com a obrigatoriedade das escolas em realizarem uma adaptação das condições em que se processa o ensino-aprendizagem, quer com a aposta em novos materiais, equipamentos e apoio psicológico.
Mas não. Simples fogo de vista. É notória uma inadequação de espaços, onde a falta de recursos acaba por tornar a escola inacessível, a falta de pessoal docente e não docente para prestar apoios diferenciados, e, na maioria das vezes, mesmo que se verifique a presença destes profissionais nos quadros das escolas regulares, estes não possuem os conhecimentos necessários que permitem a realização das adaptações ditadas pela lei.
Este Decreto-Lei apenas visa colocar estes alunos, conjuntamente com os seus colegas"ditos normais" numa escola regular, ignorando o facto de que as interações sociais não se processam automaticamente, e que num grupo social, as pessoas tendem a escolher para as suas interações, os parceiros com interesses e valores semelhantes, evitando a diferença.
Penso que esta legislação não se encontra adaptada de forma adequada às condições de ensino Pré-escolar e Secundário e é omisso no que respeita ao ensino Particular e cooperativo, não estando clarificadas as competências aos recursos necessários para os alunos com deficiências mais acentuadas.
Na verdade, para além das barreiras arquitetónicas existentes em quase todos os edifícios escolares, a escola regular tem normalmente um estrutura curricular, uns padrões de socialização me todo um conjunto de normas e regulamentos verdadeiramente segregadores dos alunos com deficiência ou NEE, estando mais virada para o acumular de conhecimentos e para a criação de elites qualificadas.

08 janeiro 2006

UMA QUESTÂO DE NÚMEROS

O elevado número de mulheres filiadas ao Partido Socialista foi um dos muitos argumentos que o Engenheiro José Socrates repetiu vezes sem conta em época de eleições,de modo a transmitir a ideia que, caso fosse eleito a condição mulher em sociedade, em termos de direito de igualdade e tudo o resto que meio mundo já sabe e não vale a pena enumerar, iria ser revista.
Então porque é que depois de atingido o objectivo e conquistado o tão ansiado cargo de Primeiro Ministro, este só entregou apenas o destino de dois Ministérios(Saúde e Educação) a pessoas do sexo feminino?

SONHOS,DELÍRIOS INSANOS DE VERDADE...

Depois de muitas voltas e reviravoltas, castelos de sonhos, montanhas de projectos, algumas gotas de felicidade e diluvios de frustações, regressamos sempre ao ponto de partida, mais um ano que começa e um ciclo que se renova.
Para este início de 2006, uma mensagem, um apelo, que o Homem consiga controlar essa ambição desmedida que o move, esse querer sempre mais, e que dê valor ao que é realmente importante, a família e os amigos.
Ninguém sabe quanto tempo mais iremos contentar-nos com os predegulhos trazidos da lua, as sobras das estrelas cadentes que denominamos meteoritos e, se tudo correr, conforme planeado, as amostras que nos irão chegar de Marte, onde uma das mais famosas cadeias de hotéis, pensa construir uma pousada de cinco estrelas para os bilionários mais desprendidos e corajosos passarem as suas férias.
É verdadeiramente espantosa a amplitude da ambição humana. Nada a contenta. Coisa alguma a satisfaz. Que este ano que se inicia traga mais serenidade ao coração dos Homens, para que consigam ter um pouco de paz com aquilo que têm. É utópico, eu sei...mas conta a intenção.
Este mês de Janeiro de 2006, ficou também marcado pelo terminar de um ciclo de 20 meses, um espaço da blogosfera muito bem conseguido e que vai certamente deixar saudades. Aqui fica a minha palavra de apreço ao AFIXE, bem com ao nosso conhecido Professor Rogério, colaborador e fundador deste blogue.

NOTÁVEIS TROCAM A TERRA PELO FUNDO DO MAR

Rompe a aurora.
Os raios de sol despontam e resplandecentes brilham no espelho do mar.
Veste o teu fato, agarra na garrafa, coloca o tubo e as barbatanas, só falta a máscara e estarás pronto/a para começar a primeira aventura do dia: mergulhar! que o diga o Sr. Dr. Morais Sarmento, antigo Ministro da Presidência durante o curto "reinado" de Santana Lopes, que é um adepto convicto deste tipo de desporto que cativa cada vez mais adeptos.
Quer seja por lazer, que seja para aliviar o stress e a pressão que geralmente se sentem ao longo do dia, pela atracção pelo mar, pela descoberta e contacto com outras formas de vida ou apenas para vislumbrar as localidades por um prisma diferente esta modalidade parece ser uma escolha acertada.
"São várias as pessoas que consideram um bom mergulho bem mais aprazível do que uma semana de férias", quem o disse foi Edgar Torres Cachada, Instrutor de Mergulho credenciado ela APONASA (Associaçãp Portuguesa de Nadadores Salvadores).
Se desejar aventurar-se, existem vários locais onde pode fazê-lo, desde Vilarinho da furna, no Norte(para que gosta de água doce, esta aldeia submersa desde os anos 80 pode ser uma boa opção), Sesimbra, no Centro e Algarve, no Sul,Madeira e Açores (entre outros).
No que respeita aos locais apropriados para aprender mergulho, são muitas as escolas espalhadas pelo país.
Não perca mais tempo e dê um miminho a si mesmo. Experimente e relaxe.Vai ver que depois o dia lhe correrá muito melhor.

07 janeiro 2006

PRESIDENCIAIS

Já se ouvem ao longe os acordes do discurso dos diversos candidatos ao cargo de Presidente da República que, de uma maneira mais ou menos aleatória, pretendem captar a atrenção do seu eleitorado.
O Francisco Louçã é um académico de sucesso, ao que se diz na área da economia, mas não passa disso mesmo, já que politicamente é um brilhante demagogo de ideário extremista e utópico, que nunca encontrará um apoio popular que o conduza ao lugar pelo qual se bate, servindo apenas para contabilizar os apoiantes de extrema - esquerda.
O Jeronimo de Sousa è um comunista sincero, simpático e convicto das suas ideias que, e apesar da falta de qualificações académicas, é um homem que defende veemente as sua convições, batendo-se sem qualquer receio contra os seus letrados adversários. já se sabe que bate sempre nas mesmas teclas e que toca sempre o mesmo disco, como é próprio dos comunas. É obvio que, no actual panorama político, esta é, tal como a anterior, uma candidatura que não tem pernas para andar, que não traz nada de novo que convença o povo.
Os dois candidatos vindos bem do interior do PS: um ,já "fora de prazo" que remete todo o seu discurso para a questão de experiência e pouco mais ,e outro, o "revolucionário" saído do bolso dos descontentexs com a actual direcção do Partido Socialista e que não se revêem em Mário Soares, cuja candidatura mostrou mais uma vez a disparidade de pensamentos e as diferenças que imperam no seio deste partido político.
O professor Cavaco Silva, candidato que se asume como suprapartidário, parece não perceber que a sua candidatura não estaria hoje do modo como se encontra, se não fosse o motor do PSD por detrás, de que já foi líder e agora liminarmente renega,como se os seus eleitores não soubessem a sua cor política.
Embora me pareça sincero no tocante ás preocupações do estado do país e ás necessárias soluções que deverão ser equacionadas, tem-se apresentado como um candidato morno, sem vigor, sem foprça anímica e mais parece erstar a fazer o frete a alguém do que estar a lutar por aquilo em que acredita.
A ver vamos dia 22, a ver vamos...

O FIM DE MAIS UMA DELEGAÇÃO DE PREVENÇÃO RODOVIÁRIA

Está em processo de extinção mais uma delegação da Prevenção Rodoviária Portuguesa, desta vez situada em Viana do Castelo. Criada nos tempos do Governo do Professor Cavaco Silva, o seu último responsável, João Sardinha, já abandonou as respectivas funções no passado mês de Dezembro.
É apenas mais uma das consequências do corte de verbas levado a cabo pelo Governo do Engenheiro José Socrates, que achou propício, atribuir a outros projectos a "fatia" do Fundo de Garantia Automóvel destinada anualmente à Prevenção Rodoviária Portuguesa.
Portugal nem é o país de Europa com o indíce de sinistralidade mais elevado nem nada...
Bem jogado sr. ministro, bem jogado...