Em tempos conturbados, como este que o nosso país está a atravessar neste momento (com o "Caso Joana", o processo "Casa Pia"....), há pensamentos e mensagens que se impõem cada vez mais ( ou pelo menos deviam...). Assusta-me pensar que vivo num país onde crianças são maltratadas diariamente, e que, na maioria dos casos, os agressores são aquelas pessoas que as deviam amar acima de tudo, os seus pais e a família mais próxima.
As crianças são a melhor coisa do mundo. Esses pequenos "diabinhos" especialistas em nos arrancarem sorrisos quando o dia amanheceu cinzento e o nosso pensamento está um emaranhado de sensações. basta um olhar, um sorriso... e a tempestade esvai-se, esgota-se com o cantar de cada gargalhada. Ser mãe é a melhor coisa do mundo!
Por isso, é com a preocupação própria de uma mãe, que deixo um apelo a todos os pais que não valorizam todos aqueles preciosos momentos que os nossos filhos nos oferecem gratuitamente e que jamais se irão voltar a repetir: eles precisam muito mais do que banho, peito e troca de fraldas. Precisam de um pai e de uma mãe emocionalmente inteligentes. Assim, aqui ficam umas dicas para nos ajudarem a conseguir proporcionar aos nossos filhos uma vida melhor e mais equilibrada.
OS 10 MANDAMENTOS DOS PAIS EMOCIONALMENTE INTELIGENTES
AMOR - Toda a criança precisa e espera ser amada pelos pais e sempre oferece o seu
amor em troca. Um amor feito de gestos, dedicação e não apenas de palavras.
RESPEITO - Aceitar o seu filho como ele é. Entender que ele vai crescer e construir a sua própria vida, de modo diferente do que fizeram o pai e a mãe. Saber que a grande meta na vida dessa criança é tornar-se ela própria e não uma simples repetição do que foram seus pais.
CONFIANÇA – A confiança nasce e torna-se firme, quando cada lado sabe como o outro está a agir, ou vai agir, dentro de regras conhecidas, esperadas e aceites. Quando confiamos num filho, a sua tendência é sentir-se elogiado e esforçar-se para continuar a merecer essa confiança.
DIÁLOGO – Á medida que um filho cresce, deve ir-se dando condições para que ele diga o que pensa e o que sente. Treinando-o para transformar coisas difíceis de enfrentar em palavras: os seus medos, as suas dúvidas os sentimentos positivos e negativos.
LIMITE – A criança deve receber a liberdade como um bem precioso, para ser bem usado, com responsabilidade. É um direito que ela tem de decidir coisas por conta própria, mas dentro de regras que são ensinadas na vida em família.
COMPARAÇÃO – Para a criança a comparação sugere uma preferência, significa que a sua mãe ou o seu pai acha outra criança melhor do que ela, e que os seus esforços não valem a pena.
PRIVACIDADE – Os filhos têm, não só o direito, como a necessidade de privacidade. Eles precisam, assim como os adultos, de excluir outras pessoas da sua vida em certas ocasiões e isso não significa que não gostem delas.
CRÍTICAS – A maioria das crianças acredita no que os pais lhe dizem, e observações negativas sobre a criança podem tornar-se profecias auto-realizadoras.
GOZAR – As crianças são afectadas pelo deboche dos pais. Colocações exageradas contaminam o amor-próprio do pequeno.
MENTIRA – Há sempre um jeito de contar à criança o que realmente aconteceu, em qualquer idade. Esta é extremamente “sensível” e percebe sempre que há algo de errado.